Descoberta: Júpiter tem jatos magnéticos

Compartilhar Notícia:

Descoberta: Júpiter tem jatos magnéticos

Em uma revelação surpreendente, cientistas da Harbin Institute of Technology em Shenzhen reanalisaram dados da sonda Voyager 2, que visitou Júpiter em 1979, e descobriram a presença de jatos magnéticos no gigante gasoso. Esses jatos são rápidos fluxos de plasma que se formam na região entre o campo magnético de um planeta e o vento solar, uma corrente de partículas carregadas provenientes do Sol.

Este fenômeno, anteriormente observado apenas na Terra e em Marte, agora é confirmado em Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar. Júpiter, com um campo magnético 20.000 vezes mais forte que o da Terra, exibe uma magnetosfera tão extensa que começa a interagir com o vento solar a 3 milhões de quilômetros do planeta. Os pesquisadores identificaram evidências de três jatos magnéticos, e os resultados foram publicados no periódico Nature Communications.

Um dos jatos se desloca em direção ao Sol, enquanto os outros dois se afastam. Esses jatos se estendem a partir do “bow shock,” a região onde o vento solar colide com o campo magnético de Júpiter, aquecendo e desacelerando as partículas solares.

Comparando o tamanho desses jatos com o tamanho do “bow shock” ao redor de Júpiter, Marte e Terra, os cientistas constataram que a magnitude dos jatos está diretamente relacionada ao tamanho do “bow shock.” Júpiter, com sua magnetosfera massiva, apresenta jatos igualmente imponentes, enquanto Marte, com sua interação mais modesta com o vento solar devido à ausência de um campo magnético global, exibe jatos de menor porte.

Impacto da descoberta

  • Embora a descoberta de jatos ao redor de um gigante magnético como Júpiter não seja revolucionária, observações tentativas de fenômenos semelhantes também foram registradas ao redor de Mercúrio.
  • O menor planeta do Sistema Solar possui um campo magnético bastante fraco, aproximadamente 1,1% do campo magnético terrestre.
  • Análises de dados da sonda Cassini, uma missão internacional para Saturno, indicam que estruturas semelhantes podem existir ao redor do segundo maior planeta do Sistema Solar.
  • Apesar de os dados de Mercúrio e Saturno não serem tão conclusivos, os cientistas acreditam que esse comportamento do plasma é comum entre os planetas e que os jatos podem até mesmo interagir com as luas dos gigantes gasosos.
  • A lua Titã, por exemplo, poderia atravessar essa região da magnetosfera de Saturno quando estiver no lado iluminado do planeta.
  • Contudo, detalhes mais aprofundados desses comportamentos exigirão estudos adicionais.

Veja também

VPS HostMF a partir de R$35

Assine nossa
Newsletter

***Somos contra a spam!