A Petrobras planeja começar em fevereiro a segunda perfuração na Bacia Potiguar, que faz parte da área conhecida como Margem Equatorial.
As análises do primeiro poço exploratório identificaram a presença de hidrocarboneto, um indício de que a região pode ter petróleo, mas os resultados ainda são inconclusivos em relação à viabilidade econômica para extração.
O poço Pitu Oeste, localizado em águas profundas, fica a 52 km da costa do Rio Grande do Norte. Já a nova perfuração, no poço Anhangá, vai ocorrer a 79 km do litoral do estado.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, a Margem Equatorial é a próxima fronteira para a exploração de petróleo no Brasil, podendo se tornar a principal fonte do recurso no país em menos de 10 anos.
A faixa marítima da Margem Equatorial se estende do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte. Adriano Pires defende que o dinheiro dos royalties seja revertido em políticas públicas nesses estados.
A Petrobras afirma que vai realizar estudos complementares, com o objetivo de obter mais informações geológicas da área para avaliar o potencial dos reservatórios e direcionar as próximas atividades.
No ano passado, a realização dos estudos para exploração de petróleo na região foi alvo de um impasse envolvendo o Ibama, que inicialmente negou as licenças para a perfuração dos poços. Em setembro, porém, a Petrobras conseguiu liberação para que as sondas atuassem na Bacia Potiguar.
Segundo o planejamento estratégico da Petrobras, até 2028, serão investidos cerca de US$ 3 bilhões, o equivalente a quase R$ 15 bilhões, na exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial.